Dados do Ministério da Saúde indicam que a maioria dos médicos (29) fica a exercer nos centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo: quatro em Algueirão/Rio de Mouro, três em Odivelas, três em Almada, três em Arco Ribeirinho, três em Seixal/Sesimbra, três em Setúbal/Palmela e três na Amadora. Dois médicos exercerão atividade em centros de saúde de Sintra, um em Cascais, um em Lisboa Oriental, um em Queluz/Cacém, outro em Lisboa Norte e outro em Oeiras.
Os restantes médicos (13) ficam no Algarve: Cinco em Lagos, três em Portimão, dois em Loulé, dois em Albufeira e um em Silves.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde adiantou à Lusa que se trata de “um primeiro grupo de 42 médicos colombianos que foram selecionados e cuja licenciatura foi reconhecida por uma faculdade de medicina portuguesa e a inscrição aceite na Ordem dos Médicos, num percurso de seleção e verificação das suas capacidades técnicas que foi muito exigente”.
Estes 42 profissionais começarão a sua atividade de imediato e com um objetivo: Facilitar o acesso de portugueses que não têm médico de família a cuidados de saúde nos centros de saúde, disse Manuel Pizarro. Adiantou ainda que os clínicos estão distribuídos pelas regiões do país “onde existe hoje uma maior carência de médicos de família”.
Manuel Pizarro sublinhou que a contratação destes médicos estrangeiros não representa “qualquer risco de natureza económica”: “Em muitos casos, estes profissionais permitem diminuir a despesa que nós hoje realizamos com horas extraordinárias e com a contratação de prestação de serviços”.
“Há aqui até um equilíbrio económico com melhoria das condições de atendimento”, frisou. Segundo o governante, a atividade assistencial destes médicos garantirá, não apenas o acompanhamento regular de famílias e de utentes, mas também, em muitos casos, facilitará a existência de modelos de atendimento nos centros de saúde.
Estes modelos, explicou, “permitirão acorrer a pessoas que não têm médicos de família, com a organização de consultas abertas e outros moldes de atendimento”.
O contrato com os clínicos tem a duração de três anos. “É o período que nós estimamos que seja de maior dificuldade”, disse, lembrando as medidas tomadas para colmatar a falta de médicos, como o aumento do número de vagas de Medicina de 1.100 para 1.700 ou a criação de novos cursos no Algarve e Aveiro.
Recordou ainda que triplicou o número de clínicos que está a fazer a especialização em Medicina Familiar. Manuel Pizarro avançou que, nas próximas semanas, o programa de recrutamento de médicos no estrangeiro prosseguirá de modo a cumprir o objetivo de “facilitar o acesso das pessoas a cuidados de saúde nos centros de saúde”.
“Nós estamos a trabalhar em vários países num processo muito rigoroso e muito exigente de seleção de médicos e iremos dando conta da informação conforme os contratos sejam fechados e as situações estejam completamente regularizadas”.