Pela primeira vez um papa, Bento XVI, admitiu a utilização do preservativo para reduzir os riscos de contaminação do vírus da SIDA, segundo um livro de entrevistas que será publicado terça-feira.
Segundo a AFP, à questão “A Igreja Católica não é fundamentalmente contra a utilização de preservativos?”, o líder da Igreja Católica respondeu: “Em alguns casos, quando a intenção é de reduzir o risco de contaminação, isso poderá ser um primeiro passo para preparar o caminho para uma sexualidade mais humana”.
No livro intitulado “Luz do Mundo”, feito com um jornalista alemão, e que aborda temas como a pedofilia, o celibato dos padres, a ordenação das mulheres e a relação com o Islão, entre outros, Bento XVI cita o exemplo do “homem prostituto” para ilustrar as suas palavras.
O papa Bento XVI afirmou ainda que não compreende a interdição do véu integral (burka) no seu livro.
A questão é que “Em França, o Parlamento interditou o uso da burka. Os cristãos podem alegrar-se com isso?”, o papa respondeu: “No que concerne à burka não vejo motivo para uma interdição total”.
E acrescentou que a Igreja Católica tem afirmado que “muitas mulheres não usam de forma voluntária a burka e isso é uma violação das mulheres”.