O presidente da FEPONS, Alexandre Tadeia, afirmou esta terça-feira à Lusa que tem em fase de conclusão algumas propostas que passam por novas estratégias de prevenção para o “período extra época balnear” com vista a “acabar” com o “flagelo” dos acidentes no mar.
Algumas das propostas deverão ser apresentadas ao Governo ainda antes da próxima época balnear.
A FEPONS quer alargar a vigilância da costa portuguesa, mas também nos rios e piscinas, a todo o ano de “forma assídua e permanente”, embora com menos meios do que no Verão, segundo Alexandre Tadeia.
“Na costa há mais acidentes no Inverno do que no Verão e há mais acidentes no interior do que na costa”, realçou.
O reforço na prevenção é outro objectivo da FEPONS que vai defender junto do Governo acções de educação sobre segurança aquática a nível teórico e prático nas escolas, nomeadamente do 4.º, 7.º e 11.º anos.
O presidente da FEPONS justificou a importância dessas acções de formação dado que o país tem 800 quilómetros de costa.
Alexandre Tadeia defendeu também a revisão da legislação que permite às autarquias definirem as datas da época balnear para que estipule a existência de um período mínimo, entre 01 de Junho e 01 de Outubro, para a época balnear, possibilitando apenas o seu alargamento e não o encurtamento.
Para suprir a falta de nadadores salvadores, Alexandre Tadeia defendeu a profissionalização, embora reconhecendo como principal dificuldade as questões financeiras, que poderiam ser ultrapassadas através de contributos dos ministérios da Educação e do Ambiente em resposta aos serviços prestados.
No domingo, uma pessoa morreu afogada no Algarve e uma criança está desaparecida depois de ter sido levada por uma onda, na praia da Quebrada, em Matosinhos, juntamente com outras quatro pessoas que entretanto foram resgatadas.