A cantora ucraniana Anastássia Prikhodko recebeu os votos de 25% dos telespectadores e de cinco dos 11 membros de um júri profissional com a canção “Mamo” (Mamã em ucraniano).
O empresário da vencedora, o georgiano Konstantin Meladzé, considerou que a presença de Anastássia no festival é “muito correcta e atempada”.
“Isto traz-me uma enorme alegria. Sou pela amizade de russos, ucranianos e de todos os outros. No fundo, trata-se de uma canção muito internacional, porque a música foi composta por um georgiano, a canção é interpretada por uma ucraniana e metade do poema foi escrito por uma estónia”, declarou Meladzé.
“É um sinal actual de que a real irmandade das almas dos nossos povos existe”, concluiu.
Diferente interpretação tê os partidáriod da conhecida cantora pop russa Valeria, que se classificoue em segundo lugar. O seu marido e empresário exigiu já a anulação dos resultados da votação.
“Não ficaria mal disposto se ganhasse outro”, declarou Iossif Prigojin. “É necessário realizar novas eleições e mandar à Eurovisão outra pessoa, porque a canção é interpretada em língua ucraniana, nada tem a ver com a Rússia”, frisou.
Dima Bilan, vencedor do ano passado do Festival da Eurovisão, felicitou Valeria e ofereceu-lhe o talismã que usava quando da vitória.
Anastássia Prikhodko candidatou-se a representar a Ucrânia, com uma canção com texto em língua russa, mas foi desclassificada porque essa canção já tinha sido publicada antes de 1 de Outubro de 2008, o que é proibido pelas normas da Eurovisão.
Curiosamente, ao candidatar-se como representante da Rússia, mas com uma composição em ucraniano, acabaria por arrebatar a vitória.
A final do Festival da Eurovisão, que se irá realizar em Moscovo, a 16 de Maio, poderá ficar marcada por outro escândalo. Os representantes georgianos foram acusados de levar à capital russa uma canção contra Vladimir Putin, actual primeiro-ministro e antigo Presidente russo.