A Iniciativa Liberal conquistou nas urnas um grupo parlamentar com oito deputados e a possibilidade de sugerir um nome para vice-presidente da Assembleia da República, mas os deputados não permitiram que o líder liberal, João Cotrim de Figueiredo, exercesse esse cargo. No Conselho de Estado, é muito provável que a história se repita. Todavia, o recém-eleito deputado da IL Carlos Guimarães Pinto desvaloriza a situação: “Apesar de termos aumentado o número de pessoas ainda somos um partido pequeno e precisamos de todos os recursos que temos para o nosso trabalho político. É-me basicamente irrelevante que fiquem com esses cargos todos. Não são cargos com importância para os destinos do País”.
“Por mim, podem ficar com os tachos todos”, continua. “Eu vejo mais [estes cargos] como um sacrifício que os partidos fazem para colaborar para os trabalhos da Assembleia da República”.
Postura diferente espera dos partidos em relação às propostas liberais, mesmo já partindo derrotado em muitos casos, por causa da maioria absoluta do PS. “Sabemos que vai ser difícil que as nossas propostas passem. Por isso, iremos focar-nos em fazer um escortino claro e apertado à governação do partido socialista”, promete o ex-líder do partido, que, em entrevista ao Irrevogável (programa semanal de entrevistas da VISÃO), elegeu o PSD como o partido com mais “potencial para aliado de coligações” e explicou ainda que, desde que deixou a liderança do partido, não se intromete na vida interna da IL.
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