O anúncio do nome do ex-eurodeputado do PSD Carlos Moedas como candidato à Câmara Municipal de Lisboa foi recebido com “enorme entusiasmo”. Em entrevista ao Irrevogável, o líder do PSD/Lisboa diz que “contar com alguém como Carlos Moedas para este desafio serve sobretudo para demonstrar que levamos muito a sério no PSD a gestão da principal cidade do País”. O objetivo é conquistar a maioria dos lisboetas, mas, se esse cenário não acontecer, Luís Newton lembra que as autárquicas são diferentes das legislativas e que o que importa é eleger o presidente da câmara; depois, questionado sobre a possibilidade de dar a mão ao Chega, indica que “caberá [ao presidente] o desafio de ver quais são as condições de governabilidade da cidade”. “Mas estou profundamente convicto de que Carlos Moedas irá ter a maioria necessária para governar a cidade de Lisboa durante os próximos 12 anos”.
Na entrevista em que falou ainda sobre as suas prioridades na gestão da junta de freguesia da Estrela, em Lisboa, e teceu duras críticas a um “governo impreparado” para controlar a pandemia, Newton enterrou um machado de guerra que tinha com Rui Rio. É um seguidor assumido de Pedro Passos Coelho e crítico do atual líder do partido, tendo mesmo apoiado o seu rival nas eleições internas, Miguel Pinto Luz. Mas, à beira das autárquicas, escolheu a moderação e diz que “este não é o momento para outra coisa que não trabalhar, trabalhar, trabalhar e temos estado em profunda articulação com a comissão politica nacional e a distrital”.
“Eu não serei o presidente do PSD/ Lisboa que irá contribuir para que um presidente do partido sinta necessidade de se demitir de um percurso por causa de resultados locais”, acrescentou, numa referência ao resultado mais baixo de sempre alcançado na câmara da capital, em 2017, por Teresa Leal Coelho, que contribuiu para a demissão de Passos Coelho.
Até hoje, Luís Newton teceu também várias duras críticas à ex-candidata do PSD por Lisboa. No entanto, no final do programa, optou por lhe reconhecer o mérito de avançar quando o partido não tinha outra opção. “É uma mulher de coragem, porque, independentemente das divergências que possam existir no plano autárquico, eu não esqueço que, em 2017, Teresa Leal Coelho diz “Disponível”, quando ninguém estava disponível”, afirmou.
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