Generalizar. Interromper. Questionar. Metaforizar. Desviar o assunto. Apelar à autoridade. Usar ataques pessoais. Enfurecer o adversário. Tirar conclusões a partir das declarações do outro. Dizer “Isso é tudo muito bonito em teoria, mas não funciona na prática.” Cantar vitória mesmo em caso de derrota.
Não há quem não reconheça estas artimanhas – são a faca e o garfo dos debates televisivos. Mas não há aqui absolutamente nada de novo. Todas elas constam do livro Dialética Erística: A Arte de Ter Razão, de Schopenhauer, publicado pela primeira vez em 1831. Quase duzentas voltas ao sol depois, o mundo (dos debates) pouco mudou.