Pedro Nuno Santos falava depois de uma ação de rua na zona piscatória das Caxinas, concelho de Vila do Conde, bastião eleitoral socialista, num breve discurso em que também acusou a Aliança Democrática (AD) de “arrogância” nesta campanha para as legislativas de dia 10.
“Conseguimos diminuir a nossa dívida e ter excedente [orçamental]. E a escolha que temos para fazer é se queremos gastar esse excedente com quem não precisa, com os bancos e com as maiores empresas, ou se queremos investir no povo, no Estado social, nos serviços públicos, nos nossos hospitais e escolas”, afirmou, perante largas centenas de militantes e simpatizantes socialistas.
O secretário-geral do PS assinalou que Portugal apresenta agora uma situação financeira e orçamental “mais confortável”.
“Por isso, é hora de apoiarmos o nosso povo, aumentando salários e pensões. Essas são as prioridades dos socialistas. Nós não queremos desbaratar recursos com quem não precisa. Queremos investir os recursos a cuidar do nosso povo, de quem trabalhou uma vida inteira – os nossos reformados – e em quem trabalha”, completou.
Embora sem falar na AD, Pedro Nuno Santos deixou uma mensagem: “Para aqueles que tinham já a arrogância de achar que iam ganhar, vejam onde está a verdadeira força, onde está o povo, estamos aqui em força”.
“Em Caxinas, terra de trabalho duro, gente que se faz ao mar para alimentar o nosso povo, quero agradecer, porque vocês são uma inspiração, um exemplo de luta e de combate. Esse é o exemplo que temos de levar ao país, trabalho árduo que seja recompensado”, prometeu.
Ainda nesta lógica de discurso, o líder socialista referiu que Portugal é um país “que se fez no mar, que se construiu no mar e não pode esquecer quem trabalha no mar todos os dias e do mar retira alimento para todos”.
Depois, dirigindo-se aos seus apoiantes das Caxinas, fez uma demarcação em relação à conceção liberal de mérito.
“Sim, vocês é que têm mérito – mérito de trabalhar, numa vida dura, para toda a comunidade”, acrescentou.
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