Paulo Raimundo falava aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, após uma reunião com a UNICEF Portugal, altura em que foi questionado sobre o programa eleitoral do PS para as legislativas antecipadas de março, começando por lhe apontar uma “aparente contradição”.
“Se as medidas são para ficarem ideias vagas, ideias gerais, uma lista de intenções, então o Orçamento de Estado que está em vigor serve. Se elas forem para serem concretizadas, com medidas no concreto, então o que é preciso afirmar claramente é que é preciso um orçamento retificativo. Porque as duas coisas não são compatíveis”, considerou.
O dirigente comunista, acompanhado por uma delegação que incluía a líder parlamentar, Paula Santos, insistiu que a “experiência dos últimos anos” demonstra que dar mais força à CDU (coligação PCP/Partido Ecologista ‘Os Verdes’) “fará o PS cumprir algumas coisas positivas que eventualmente avança agora” neste programa.
Paulo Raimundo salientou que o PCP é claro e diz “ao que vai”, defendendo a necessidade de um orçamento retificativo para cumprir com muitas das medidas propostas pelos comunistas, como o fim dos benefícios fiscais ou o aumento de salários e pensões.
“Não queria estar a alimentar expectativas sobre um programa eleitoral que é do PS e do qual é como digo: é um conjunto de promessas, que mesmo aquelas que eventualmente esta ou aquela possam ser positivas, daquilo que vi no fundamental tudo muito vago, mas mesmo essas, ou a CDU e o PCP têm mais força ou ficarão no vago ou então não serão concretizadas”, sublinhou.
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