Um Governo em queda. É o resultado da última sondagem da Pitagórica, transmitida esta quarta-feira, na CNN/TVI. Realizada entre os dias 11 e 17 de janeiro, os 828 inquiridos já conheciam o caso de Alexandra Reis e da indemnização milionária da TAP; o ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, já se tinha demitido e milhares de alunos somavam aulas em atraso devido à greve dos professores. 53% dos participantes na sondagem fizeram uma avaliação negativa ou muito negativa do Executivo, castigando-o com uma descida de nove pontos percentuais face ao último estudo de opinião da mesma empresa.
Os socialistas receberam 26,9% das intenções de voto e os sociais democratas 30,6% (mais 0,2 pontos que no último inquérito da Pitagórica). É a primeira vez, desde 2017, que o PSD ultrapassa o PS, numa sondagem. Todavia, ressalve-se que a diferença entre os dois partidos (3,7%) quase coincide com a margem de erro do inquérito (3,48%).
A mesma avaliação estende-se às lideranças. António Costa recebeu dos inquiridos uma pontuação de 2,2 (numa escala de 1 a 4) e Luís Montenegro 2,4.
Direita a crescer
À semelhança do que mostrava a sondagem da Aximage, no início desta semana, é a direita que beneficia com a queda na popularidade do Governo, especialmente o Chega. No estudo desta quarta-feira, o partido de André Ventura reúne 14,3% das intenções de voto (um crescimento de cinco pontos face ao último) e a Iniciativa Liberal – que ainda não tinha mudado de líder – 8% (mais três pontos).
O Bloco de Esquerda destaca-se na sua área política e até cresce dois pontos percentuais, apresentando-se com 5,6%. Já o PCP faz o percurso inverso e cai dois, ficando com 2,2%. O Livre está com 1,9% e o PAN 0,9%.