Já havia data para a tomada de posse: a próxima segunda-feira. E, para o grupo parlamentar do CDS, o nome de Sebastião Bugalho, 25 anos, colunista do Diário de Notícias e comentador da TVI24, era dado como certo para substituir a deputada Ana Rita Bessa, ao ponto de já ter seguido em comunicado para as redações. Mas, 48 horas depois de Telmo Correia, o líder da bancada parlamentar centrista, ter feito o convite, Sebastião Bugalho (até aqui em silêncio) recusou-o, justificando a decisão com “circunstâncias políticas (do CDS) e profissionais”.
Numa nota enviada à Visão, Sebastião Bugalho explica que já informou Telmo Correia da sua indisponibilidade para ocupar o lugar. Apesar de se declarar “honrado” e de dizer que expressou ao líder parlamentar o seu “profundo respeito pelo parlamento, pela história do CDS-PP e pelo seu grupo parlamentar”, o colunista reitera que aceitou integrar a lista do CDS “noutra circunstância, com outra direção”. E que o que o separa da forma como Francisco Rodrigues dos Santos tem conduzido o partido “não é conciliável”.
Sebastião Bugalho foi convidado por Assunção Cristas para integrar, como independente, a lista do CDS pelo circulo de Lisboa às Legislativas de 2019. Com a saída de Ana Rita Bessa o lugar foi oferecido ao quinto elemento da lista – Isabel Galriça Neto, médica e ex-deputada. No entanto, Galriça Neto recusou voltar ao Parlamento – explicou à Rádio Observador – por “razões pessoais” e por pretender assumir o seu lugar na Assembleia Municipal de Lisboa, para onde foi eleita pela Coligação Novos Tempos. O partido virou assim as atenções para Sebastião Bugalho.
O próximo na lista é o líder da concelhia de Lisboa do CDS, João Diogo Moura, que foi eleito, este domingo, vereador da Câmara Municipal de Lisboa pela coligação “Novos Tempos”.