É uma espécie de cerca sanitária ao fim-de-semana, alargada a 18 municípios. Quem está dentro não pode sair, quem está fora não pode entrar. A Área Metropolitana de Lisboa passa estar – entre as 15:00 desta sexta-feira, 18, e as 6:00 do dia 21 de junho – “fechada”, numa tentativa de impedir a “elevada incidência [de casos de Covid-19], que se faz sentir nesta região”, para for dela, explicou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, nesta quinta-feira. A exceção são as viagens para o estrangeiro e mais nada. Mesmo para quem tinha férias marcadas, a governante aconselha a ir em dias úteis.
Mariana Vieira da Silva pediu aos portugueses que não tentem procurar “exceções à regra”, recordando que esta medida “não é fácil, nem desejada por ninguém, mas que é necessária”, dada a prevalência da variante Delta do novo coronavírus.
Durante as horas em que a restrição estiver em vigor, a ministra anunciou ainda um reforço na fiscalização e explicou que continua a ser possível circular entre os 18 concelhos da área metropolitana (que abrange os municípios de Alcochete, Almada, Barreiro, Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sintra, Sesimbra, Setúbal e Vila Franca de Xira).
Já questionada pelos jornalistas sobre a constitucionalidade desta medida, uma vez que Portugal já não se encontra em estado de emergência, Mariana Vieira da Silva justificou-a com a Lei de Bases da Proteção Civil.
Esta semana, o Conselho de Ministros decidiu que ficavam para trás no desconfinamento 10 municípios, considerados de risco: Albufeira; Arruda dos Vinhos; Braga; Cascais; Lisboa; Loulé; Odemira; Sertã e Sintra. Sendo que as restrições passam, essencialmente, pelo encerramentos dos restaurantes às 22:30 e limitações maiores em grandes eventos.
Portugal encontra-se com uma incidência de 90.5 casos de Covid-19 por cem mil habitantes a 14 dias e um ritmo de transmissão de 1.13 (RT, quantidade de infetados que cada caso gera). Uma “ situação epidemiológica que se tem vindo a deteriorar” e que gera “preocupação”, como classificou a ministra da Presidência.