Cabeceiras de Basto é o único concelho do País a recuar na fase de desconfinamento, esta semana, devido à incidência de casos de Covid-19. Mas Carregal do Sal, Resende, Paredes e as duas freguesias de Odemira (São Teotónio e Longueira/Almograve) mantém-se também em fases anteriores às do resto do País, informou, no final do Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva.
No caso de São Teotónio e Longueira/Almograve – onde se continuam a aplicar as regras da primeira fase do pano de desconfinamento -, a ministra da Presidência disse que a cerca sanitária irá manter-se, no entanto por se ter registado uma “forte melhoria” a partir de segunda-feira serão definidas condições específicas para o acesso ao trabalho, organizadas pelo ministério da Saúde.
Em que fase do plano está cada um dos concelhos em atraso?
15 de março – aplica-se às freguesias de São Teotónio e Longueira/Almograve (Odemira);
5 de abril – aplica-se a Carregal do Sal e Resende;
19 de abril – aplica-se a Paredes e Cabeceiras de Basto.
Há ainda, neste momento, 23 municípios em alerta, ou seja, a pisar a linha vermelha traçada pelo Governo (120 mil casos por cem mil habitantes a 14 dias). Sendo que destes, 17 já se encontravam na lista de risco na última quinta-feira.
Pelo contrário, Miranda do Douro, Aljezur, Portimão e Valongo avançam no desconfinamento e acompanharão agora o passo do resto do território nacional por terem conseguido reduzir a transmissão do vírus. O que prova, segundo a ministra, que a estratégia do Governo “de agir localmente e com convicção resultou”.
Mariana Viera da Silva referiu ainda que desde que o plano de desconfinamento se iniciou, a meio de março, até agora a incidência de casos diminuiu para metade; estando, neste momento, Portugal com 59 casos por cem mil habitantes a 14 dias. “Um sinal de que a pandemia está controlada”, disse a governante, embora reconheça que há locais que terão de fazer um esforço para acompanhar a situação nacional.
Publicadas regras para ir à praia: máscara obrigatória nos acessos e cafés
O Conselho de Ministros aprovou, esta quinta-feira, o decreto que estabelece as regras de acesso às praias. Este documento repete “em larga medida”, de acordo com Vieira da Silva, as medidas do ano passado. A utilização de máscara continua a ser obrigatória nos acessos e nos restaurantes ou cafés de praia e a exceção é mesmo o areal.
Aplica-se também o distanciamento de 1,5 metros entre diferentes grupos e o afastamento de três metros entre chapéus de sol ou toldos. Será resgatado o sistema de “semáforos” para indicar a ocupação de cada praia – verde para ocupação baixa (1/3); amarelo para ocupação elevada (2/3) e vermelho para ocupação máxima (3/3).
As alterações em relação ao ano anterior prendem-se com as atividades desportivas no areal, que, em 2020, não foram permitidas de todo e a utilização de alguns equipamentos de lazer.