Os círculos eleitorais de Lisboa e Porto, este ano com 48 e 40 lugares, respetivamente, podem considerar-se determinantes para a composição da Assembleia da República a eleger em 6 de Outubro. Os dois principais distritos/círculos ganharam em 2019 mais um lugar cada, em detrimento de Viseu (que passou de nove para oito), e da Guarda que perdeu também um deputado, baixando a sua representação no Parlamento de quatro para três deputados.
A seguir aos dois círculos eleitorais que elegem maior número de representantes, surgem os de Braga (19), Setúbal (18), Aveiro (16) e Leiria (10), o que significa que os seis distritos/círculos com maior número de cidadãos eleitores (somam um total de 6.093.144 recenseados) elegerão 151 dos 230 deputados, cerca de 66 por cento dos lugares em São Bento.
As 79 cadeiras restantes serão ocupadas pelos 9 eleitos por Coimbra, Faro e Santarém; por 8 de Viseu; por 6 da Madeira e de Viana do Castelo; por 5 deputados dos Açores e de Vila Real; por 4 de Castelo Branco; por 3 de Beja, Bragança, Évora e Guarda; e por 2 de Portalegre e de cada um dos círculos da Emigração (Europa e de Fora da Europa).
Desde 1991 (ano da primeira eleição para a Assembleia da República com 230 deputados), Lisboa perdeu dois lugares; e Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Guarda, Portalegre, Santarém, Vila Real e Viseu perderam um representante cada. Em contrapartida, Braga e Porto ganharam três; Aveiro e Setúbal aumentaram dois; e Faro e Madeira um. Os círculos dos Açores, Leiria, Viana do Castelo, e os dois da Emigração mantêm hoje o mesmo número de lugares que já tinham em 1991.