Luís Montenegro já não recua. O ex-líder parlamentar do PSD vai desafiar esta sexta-feira, às 16 horas, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, o atual presidente do partido, Rui Rio, para “convocar eleições diretas já”, segundo confirmaram à VISÃO fontes próximas do antigo chefe da bancada “laranja” durante a liderança Pedro Passos Coelho.
Para já, os apoiantes de Montenegro não adiantam o que este fará caso Rio responda afirmativamente ao repto, mas é certo que já têm ao seu dispor assinaturas suficientes para, em alternativa, forçarem a realização de uma reunião do Conselho Nacional, órgão máximo do partido entre congressos, para que seja apresentada uma moção de censura ao líder, à qual já chamam “bomba atómica”.
O avanço de Montenegro surge na sequência de uma movimentação concertada de várias distritais do PSD (de Lisboa a Viseu, passando também por Setúbal e Coimbra) no sentido de convocarem um Conselho Nacional extraordinário, conforme foi noticiado pelo Público na terça-feira, com ponto único na ordem de trabalhos: destituir a direção encabeçada por Rio.
Asseguradas as assinaturas para forçar a reunião daquele órgão, começou a contagem de espingardas, ou seja, os opositores de Rio trataram de avaliar as condições para que a moção de censura venha a ser aprovada (o que, de acordo com os estatutos do PSD, só ocorrerá verificando-se uma maioria absoluta entre os conselheiros).