O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que partilha o otimismo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em relação à avaliação que a Comissão Europeia fará do Programa de Estabilidade apresentado pelo Governo português.
Em declarações aos jornalistas, depois de ter estado reunido com o Presidente da República num hotel em Évora, António Costa disse que se tratou de “uma reunião normal de trabalho”, como as que se realizam semanalmente no Palácio de Belém, em Lisboa.
“Naturalmente, hoje mais centrada no Programa Nacional de Reformas e no Programa de Estabilidade, e nas perspetivas da sua boa receção em Bruxelas”, completou o primeiro-ministro, adiantando: “O senhor presidente tem uma visão otimista sobre essa matéria. Eu acompanho-o nessa visão”.
António Costa defendeu, depois, que “não é só uma questão de otimismo, é uma questão de realismo”.
Segundo o primeiro-ministro, Portugal é “talvez dos países que estão a fazer um esforço maior em matéria de cumprimento das metas orçamentais”, enquanto “outros países bastante vizinhos estão bastante longe do cumprimento das metas e fazem-no tendo em conta, aliás, a sua própria situação económica”.
“Acho que a Comissão Europeia tem acompanhado positivamente o diálogo que temos vindo a manter”, considerou.
António Costa alegou que o Governo português tem feito um “esforço de compreensão” e manifestou-se confiante em que “a Comissão Europeia também fará o seu esforço de compreensão”.
“Portanto, estou otimista”, reiterou.
O primeiro-ministro, António Costa, manifestou-se, aliás, convicto de que as metas do Programa de Estabilidade serão cumpridas através de “um processo tranquilo de consolidação orçamental”, e voltou a afastar a necessidade de novas medidas.
Em resposta a “todas aquelas notícias que alarmaram tanto as pessoas sobre planos B, planos C, planos D”, António Costa afirmou: “Tranquilidade. Vamo-nos concentrar em executar este orçamento. A execução felizmente está a correr bem e nada indica que seja necessário tomar novas medidas”.