Para o Presidente, “Havia dois caminhos possíveis para o Governo.” Um “ideológico, doutrinário, de dizer ‘não aceitamos’ e nem sequer vamos fazer um esforço” e outro “menos ideológico e mais programático”, “de compromisso”. António Costa escolheu o segundo, “muito importante para a credibilidade internacional” “isso é positivo”, disse, à chegada a Portalegre.
O chefe do governo podia ter optado por “ir para Bruxelas contestar toda a lógica do sistema”. Em vez disso, Optou por “aceitar a lógica do sistema e fazer um esforço para reduzir o défice”, o que o Presidente considera “muito sensato e muito prudente e muito realista. Agora, vamos ver se a Comissão Europeia considera suficiente e se é possível executar. Espero que sim.”
O percurso, no entanto, não será fácil. Será preciso saber se a Comissão aceita os compromissos do Estado português. E será ainda preciso saber se, de 2016 para 2017, ano em que é exigida uma “descida muito considerável do défice e um esforço de contenção” considerável, “vai haver essa contenção.”Marcelo tinha chegado meia hora atrasado. O ponto anterior da agenda – a inauguração de um Lar da Terceira Idade da Santa Casa da Misericórdia, em Cabeço de Vide-, tomou-lhe mais tempo do que previsto. Demorou-se a visitar as novas instalações, prontas para receber os 47 (20 deles acamados) idosos até agora dispersos por dois lares, na região.
À espera do Presidente, em Portalegre, estavam todas as entidades locais e muitos populares, mas o que se destacava era a mancha preta das capas dos estudantes do Instituto Politécnico de Portalegre. As alunas estenderam-lhe as capas, que Marcelo demorou a atravessar, ocupado que foi estando a confraternizar – ora um beijo, ora uma selfie – com cada aluna. No fim, a tuna cantou. Marcelo, homem da academia, parecia em casa.
Marcelo congratula-se: “Governo seguiu o caminho menos ideológico” no Plano de Estabilidade

No dia em que foi aprovado o Programa de Estabilidade, Marcelo Rebelo de Sousa congratulou-se com o caminho escolhido por António Costa