Portugal atribuiu entre Novembro de 2015 e Fevereiro de 2016 um total de 376 autorizações de residência para investimento, vulgarmente conhecidos por “vistos gold”.
Destes, apenas um dos investidores conseguiu a autorização através da criação de postos de trabalho: 31, neste caso.
A maioria das autorizações continua a ser concedida pela aquisição de bens imóveis de valor igual ou superior a 500 mil euros. Foram 210,1 milhões de euros que entraram em Portugal por esta via. A outra forma de conseguiu uma autorização destas é através da transferência de capitais de montante igual ou superior a um milhão de euros. E aqui, o Estado português arrecadou 23,5 milhões de euros.
Dados do Ministério das Finanças enviados ao PSD, a que a VISÃO teve acesso, dão nota ainda de que destas 376 autorizações de residência para investimento, 38% tiveram lugar em Fevereiro, fruto da atividade da task force que o Governo criou para recuperar processos pendentes neste campo.
Em Janeiro, os ministérios da Administração Interna e dos Negócios Estrangeiros criaram uma equipa especializada para recuperar os atrasos registados nos pedidos e renovações de todas as autorizações de residência em Portugal, incluindo os vistos ‘gold’. Uma equipa que deverá funcionar por quatro meses, pelo menos, e que tinha como objetivo tratar das cerca de oito mil autorizações de residência pendentes, das quais cerca de quatro mil eram vistos ‘gold’.
Os ‘vistos gold’ continuam a ser procurados, sobretudo, por angolanos, brasileiros, chineses, jordanos, libaneses, russos, sauditas e sul-africanos.