Num país onde apenas 17% da população entre os 45 e 54 anos tem o ensino superior ou em que 76% dos com 55 e 64 anos só tem o ensino básico, o Governo quer relançar a formação e qualificação dos adultos.
Ressuscitar o programa “Novas Oportunidades”, (que nos governos de José Sócrates foi tão importante), mas agora com o nome de centros Qualifica, é um dos grandes objetivos para os próximos anos.
Esta manhã em Coimbra, o ministro do Trabalho Vieira da Silva avançou já com algumas metas: ter 300 centros a funcionar em 2017 – contra os atuais 238 que funcionam agora com fracos níveis de atividade – e garantir que a taxa de participação de adultos em ações de aprendizagem ao loongo da vida é de 15% em 2020 e 25% em 2025.
Entre os objetivos conta-se ainda a garantia de que 50% da população ativa conclua o ensino secundário ou que na faixa etária dos 30 aos 34 anos existam 40% de diplomados do ensino superior (atualmente a maior percentagem é de 33% na faixa etária de 25 a 34 anos).
Vieira da Silva apontou ainda como meta a frequência de 50% dos alunos do ensino secundário em percursos profissionais de dupla certificação até 2020. O Governo acredita que estas medidas ajudarão a corrigir o atraso estrutural do país em matéria de escolarização, no sentido de uma maior convergência com a realidade europeia e que com o aumento dos níveis de qualificação se poderá melhorar a empregabilidade dos ativos.
As metas inserem-se num dos eixos do Programa Nacional de Reformas – a Qualificação – ,que António Costa vai entregar em Bruxelas até ao final do mês.
Na sessão pública da apresentação do eixo Qualificar os Portugueses, o ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues também explicou que depois deste plano Portugal será um país onde o ensino pré-escolar a partir dos 3 anos estará universalizado ou “onde apenas 10% dos nossos jovens abandonarão precocemente a Escola”. O ministro diz que são precisos “muito mais diplomados” e que os adultos têm que ser mais qualificados.