Uma mulher portuguesa morreu no ataque perpetrado na sexta-feira por um homem armado na estância turística de Sousse, na Tunísia, disse hoje à Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.
“A embaixada portuguesa em Tunes acabou de nos confirmar, infelizmente, que há uma cidadã nacional entre as pessoas que foram mortas ontem [sexta-feira] em Sousse”, adiantou José Cesário.
Um representante da embaixada portuguesa está, neste momento, a acompanhar a autópsia da vítima, acrescentou José Cesário.
Um responsável da estância turística de Sousse, Fernando Castillo, avançou à Lusa que a vítima, de 76 anos, era a única portuguesa hospedada no hotel Riu Imperial Marhaba na altura do ataque.
A vítima foi transportada para o Hospital Charles-Nicolle, em Tunes, na capital tunisina, acrescentou Fernando Castillo.
Dez das 38 vítimas mortais do atentado de sexta-feira na Tunísia já foram identificadas e são na maioria britânicas, disse à agência France Fress o ministro da Saúde da Tunísia.
“Dez dos 38 cadáveres foram identificados sendo oito britânicos, um belga e um alemão”, disse Naoufel Somrani, o diretor dos serviços de urgência do Ministério, sem mencionar pormenores em relação a vítimas francesas ao contrário do que anunciara na sexta-feira à noite o primeiro-ministro Habib Essid.
Entretanto, centenas de turistas estrangeiros foram retirados hoje da Tunísia um dia depois do atentado reivindicado pelo grupo ´jihadista` Estado Islâmico (EI) contra um hotel, que fez perto de 40 mortos, na maioria britânicos.
O ataque perpetrado por um homem armado contra o hotel Riu Imperial Marhaba, em Port El Kantaoui, na costa oriental, a 140 quilómetros a sul de Tunes, foi esta noite reivindicado nas redes sociais pelo grupo radical autoproclamado Estado Islâmico.
No início da madrugada de hoje, o primeiro-ministro tunisino, Habib Essid, disse em conferência de imprensa que a maioria das vítimas do atentado era britânica, sem precisar números.
No que diz respeito “às nacionalidades dos mortos (…), a maior parte é britânica. Depois há alemães, belgas e franceses”, disse Essid em conferência de imprensa.
O primeiro-ministro tunisino baixou para 38 o número de vítimas do atentado, precisando que os 39 mortos anteriormente reportados pelo Ministério da Saúde incluíam o atirador, abatido pelas forças de segurança.