Cinco dos 11 arguidos do caso dos vistos ‘gold’ vão ficar em prisão preventiva, mas três deles podem ver a medida convertida em pulseira eletrónica, decidiu hoje o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa.
De acordo com um comunicado lido no final dos encontros com os advogados dos 11 detidos, o presidente do Instituto dos Registos e Notariado, António Figueiredo, e o empresário chinês Zhu Xiaodong ficam em prisão preventiva.
A ex-secretária-geral do Ministério da Justiça Maria Antónia Anes, Jaime Gomes, sócio-gerente da empresa JMF Projects and Business, e Manuel Jarmela Palos, diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), ficam em prisão preventiva, uma medida de coação que poderá ser convertida em pulseira eletrónica.
Os arguidos Paulo Eliseu, Paulo Vieira, José Manuel Gonçalves e Abílio Silva foram suspensos das suas funções nos serviços centrais do Instituto dos Registos e Notariado e proibidos de estabelecerem contactos com funcionários dos referidos serviços.
Diretor nacional do SEF pede demissão
O diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Manuel Jarmela Palos, apresentou hoje a demissão do cargo ao Governo, de acordo com fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro.
O pedido foi dirigido ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, uma vez que Miguel Macedo se demitiu do cargo de ministro da Administração Interna no domingo e a nova ministra, Anabela Rodrigues, só tomará posse na quarta-feira, explicou a mesma fonte.
O pedido de demissão do diretor do SEF acontece depois de ser conhecida a sua medida de coação, prisão preventiva, que pode ser convertida em pulseira eletrónica, na sequência da Operação Labirinto, uma investigação sobre a atribuição de vistos dourados.