O ator e realizador português Nicolau Breyner vai ser o rosto de uma coligação de pequenos partidos candidata ao Parlamento Europeu nas próximas eleições, que se realizam a 25 de maio. O conjunto de partidos integrantes desta lista que se demarca pelo euroceticismo inclui a Nova Democracia (PND) e ainda não está fechada.
Nicolau Breyner, que já confirmou a disponibilidade para dar voz a esta candidatura, acredita que sair do Euro é uma medida vantajosa para Portugal. Joel Viana, líder do PND, afirma em declarações ao jornal i que o grupo “tem uma postura eurocrítica, que não existe nos outros partidos”, e que tem como um dos baluartes o afastamento de Portugal do Euro: “Defendemos que a saída de Portugal do Euro seria a melhor solução para o país. Não temos economia para estar no euro”.
Esta candidatura surge, explica Joel Viana, à semelhança daquela que foi encabeçada em 1987 por Miguel Esteves Cardoso, tendo na sua origem um “movimento informal”, que inclui pessoas que apoiaram essa campanha na altura.
Pedro Borges, que também integra este grupo, defende que “não é possível à nossa economia aguentar uma moeda forte como o euro. Só é possível se a Alemanha e os países do Norte nos subsidiarem”, e coloca a questão: “Queremos ser, na Europa, uma província pobre e subsidiada?”.
A 25 de maio, os portugueses vão escolher os seus representantes no Parlamento Europeu até 2019. São 21 os eurodeputados portugueses, menos um do que nas eleições de há cinco anos, devido à recomposição do parlamento resultante da adesão da Croácia à União Europeia.
As candidaturas anunciadas até agora foram a do ex-batonário da Ordem dos advogados Marinho e Pinto e a candidatura do Livre de Rui Tavares, dependente da decisão do Tribunal Constitucional sobre a sua constituição como partido.