O ministro de Estado e de Negócios Estrangeiros, Rui Machete, afirmou hoje à Lusa que referiu apenas “indicativamente e como mera hipótese” um juro de 4,5% para evitar um segundo resgate e que esse limite será determinado pelo Governo.
“Quero esclarecer que as taxas de juro a aceitar por Portugal serão obviamente as que o Governo, no momento oportuno e através do ministério competente, considerar sustentáveis pela nossa economia, e não qualquer outro valor fixado de antemão”, disse Rui Machete.
O ministro referiu à Lusa, no domingo, que um segundo resgate “é evitável” desde que as taxas de juro a 10 anos igualem ou fiquem abaixo dos 4,5%”, à margem de um encontro com a comunidade portuguesa em Nova Deli, Índia, onde se encontra para participar num encontro de responsáveis dos Negócios Estrangeiros da Europa e da Ásia.
A sair da recessão técnica
Rui Machete, afirmou ainda que Portugal está “a sair da recessão técnica” e destacou que a economia portuguesa está hoje “muito mais competitiva”.
“A economia portuguesa parece ter dado a volta no segundo trimestre de 2013, quando tivemos o primeiro crescimento após dez trimestres consecutivos de recessão. Estima-se que o crescimento no terceiro trimestre também deverá voltar a ser positivo. Esta tendência positiva leva-nos a acreditar que estamos a sair da recessão técnica”, referiu o ministro, na sua intervenção na sessão plenária do encontro de responsáveis dos Negócios Estrangeiros da Europa e da Ásia, que começou hoje de manhã em Nova Deli, Índia.
No discurso, dedicado ao tema “Reforçar a cooperação económica e revitalizar o crescimento”, Machete deu o exemplo do programa de ajustamento orçamental implementado em Portugal, sublinhando que “estão a surgir sinais encorajadores”.