Rui Machete falava na Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, após o PS, por intermédio de Pedro Silva Pereira, ter pedido a sua demissão do Governo na sequência da entrevista que concedeu à Rádio Nacional de Angola e de o dirigente da bancada social-democrata António Rodrigues ter aludido a uma “campanha” contra o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros.
O ministro usou então da palavra para concordar com a tese do deputado do PSD António Rodrigues, embora isentando o PS de responsabilidades nessa alegada campanha negra.
“Não é normal que se procure fazer uma campanha de ataque pessoal, que visa um verdadeiro assassinato político e um ataque à honra das pessoas”, declarou o membro do executivo.
Na perspetiva de Rui Machete, “somando as coisas, é hoje indubitável que pelos `timings` utilizados, pelos argumentos e instrumentos usados, existe uma política de destruição deste ou daquele membro do Governo, tudo feito de uma forma sistemática nos vários meios de comunicação social ou por outros processos”.
“Isto mostra como é hoje diferente a forma de fazer política em Portugal em alguns casos, ou em relação a alguns partidos, o que lamento porque não beneficia a democracia”, criticou o ministro dos Negócios Estrangeiros.