De acordo com um estudo apresentado pela OCDE, os 20% dos portugueses mais ricos têm um rendimento mais 6 vezes superior aos 20% mais pobres. A disparidade é maior do que a média apresentada no estudo, que se cifra nos 5%.
Apesar da diferença entre quem mais tem e quem tem pouco continuar a ser relevante, o relatório da OCDE salienta o facto de não ter existido um aumento do fosso entre ricos e pobres em Portugal. Aliás, entre 1980 e 2000, os rendimentos dos mais pobres subiram 3,6%, um aumento maior em relação aos 1,1% do crescimento dos mais ricos.
O documento da OCDE destaca, ainda, o crescimento das desigualdades entre ricos e pobres em países da União Europeia como a Alemanha, Dinamarca e Suécia.
A lista apresentada pela OCDE aponta o Chile e o México como países com maiores desigualdades. Em média, nos dois países da América do Sul, os ricos ganham mais 25% que os pobres.
Os resultados do estudo, que revelam os maiores valores de desigualdade dos últimos 30 anos, levaram a OCDE a solicitar a intervenção dos governos no sentido de atenuar as diferenças entre os mais ricos e mais pobres.