Apesar de ter começado por considerar que tinha condições para se manter no cargo, Manuel Pinho acabou por pedir demissão após o gesto insultuoso que dirigiu, em plena Assembleia da República, a Bernardino Soares, líder parlamentar do PCP. À noite, em entrevista à SIC, o ex-ministro mostrou-se arrependido mas justifica que foi o que lhe saiu no calor da discussão, em que ouviu palavras que classificou como “ofensivas”.
“Não era verdade que os 280 postos de trabalho tivessem sido criados, como aliás se pôde ouvir no discurso do Dr. Louçã, e o deputado comunista estava a fazer umas graçolas que aquilo era tudo mentira. Ora, sabe quando uma pessoa passa noites sem dormir só para salvar postos de trabalho de gente que tem condições miseráveis…”, afirmou Manuel Pinho.
O ex-ministro reconheceu ainda que após este episódio não havia qualquer hipótese de se manter no Governo. Sobre o futuro, Pinho diz que vai de férias e que depois se verá, mas sublinha que política, “provalvemente nunca mais.”