O chefe Cristóvão de Oliveira disse à Lusa que a situação verificada hoje às 8:45 não é um foco de incêndio, mas uma coluna de fumo proveniente dos escombros, que mantêm temperaturas muito elevadas. “Trata-se do início de uma combustão”, disse. De acordo com os sapadores, esta é uma situação normal em período de rescaldo e já tinha acontecido durante a noite. Os sapadores bombeiros têm estado em quase permanência no local, mantendo uma mangueira ligada a uma boca-de-incêndio para qualquer eventualidade como a que aconteceu hoje de manhã. No local está também desde as 9h uma escada extensível para acesso ao topo da fachada. O número 23 da Avenida da Liberdade, que ardeu na totalidade mantendo apenas a fachada, tem entulho até ao nível do primeiro andar, que segundo os bombeiros, não pode ser retirado “para já”. As operações de rescaldo continuam a impedir o trânsito na lateral descendente da Avenida da Liberdade no quarteirão onde decorreu o incêndio e a impedir o acesso aí existente ao parque de estacionamento dos Restauradores. Fachada de prédio que pode vir a tornar-se um hotel não corre risco de ruir Entretanto, o vereador do Urbanismo na Câmara de Lisboa, Manuel Salgado (PS), já revelou que as vistorias efectuadas ao edifício concluíram que a fachada não está em risco de ruir. O vereador Manuel salgado explicou que o prédio é propriedade da sociedade Libertas, que efectuou em 2005 um pedido de emparcelamento e em 2006 um projecto que a autarquia ainda não licenciou devido à falta de um documento a entregar pelo promotor. As áreas apresentadas no projecto não coincidem com as do registo predial, num processo que corre na 9ª Conservatória Predial de Lisboa. O projecto é um hotel de quatro estrelas que terá de preservar a fachada de acordo com um parecer do IPPAR. Vítor Viena, responsável da Protecção Civil na autarquia, esclareceu que entre das 135 pessoas que domingo estiveram realojadas algumas horas no Cinema São Jorge, a maioria dos quais eram turistas e regressaram aos seus complexos hoteleiros. O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, esclareceu que das 15 pessoas evacuadas do número 21 da Avenida da Liberdade, 13 estão realojadas em casa de familiares e duas numa residencial. Dois moradores do número seis da Travessa da Glória estão igualmente realojados, tendo entretanto surgido três jovens para os quais os serviços camarários estão a encontrar uma solução.
Prosseguem trabalhos de rescaldo
Os sapadores bombeiros de Lisboa tiveram de projectar água, esta terça-feira de manhã, para abafar uma coluna de fumo no interior do edifício que ardeu segunda-feira na Avenida da Liberdade
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