Esta é a segunda vez que na mesma semana a Roménia encontra destroços deste género e o Presidente romeno, Klaus Iohannis, disse hoje, em comunicado, que as conclusões indicam que houve “uma violação absolutamente inaceitável do espaço aéreo soberano da Roménia, um aliado da NATO, com riscos reais para a segurança dos cidadãos romenos na área”.
Iohannis acrescentou que teve uma conversa telefónica com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, para informar o líder da Aliança sobre a nova descoberta das peças de ‘drone’ (aparelhos aéreos não tripulados).
Não ficou claro se as autoridades romenas determinaram quando ou de onde o ‘drone’ foi lançado.
Stoltenberg escreveu na rede social X (ex-Twitter) que não havia “nenhuma indicação de intenção” de atingir o país-membro da NATO, mas disse que as descobertas “são desestabilizadoras”.
“Saúdo a decisão dos Estados Unidos de enviar mais F-16 para o policiamento aéreo da NATO”, disse o representante, acrescentando: “Somos solidários com a Roménia”.
O Ministério da Defesa romeno disse que os fragmentos foram encontrados a aproximadamente dois quilómetros e meio (1,5 milhas) a sudeste da aldeia romena de Plauru, que está situada no lado oposto do rio Danúbio ao porto ucraniano de Izmail.
Não houve comentários imediatos da Rússia.
A Rússia atacou persistentemente o porto de Izmail esta semana, comprometendo a capacidade da Ucrânia em exportar cereais para os mercados mundiais.
A proximidade dos ataques fez com que alguns cidadãos romenos que vivem nas proximidades temessem que a guerra pudesse alastrar-se ao seu país.
“A área foi protegida pelos militares e os elementos descobertos serão recolhidos para análise e perícia técnica”, disse hoje o ministério, acrescentando que continuará as investigações nas proximidades dos portos ucranianos do Danúbio.
“Dentro da NATO, a Roménia está muito bem defendida e beneficia das mais fortes garantias de segurança de toda a nossa história”, acrescentou Iohannis.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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