“O plano foi adiado, mas o esforço não. Estamos a trabalhar todos os dias para nos livrarmos do petróleo russo, mas não é uma questão simples, escusado será dizer. Se fosse fácil, tê-lo-íamos feito há três anos”, aquando do início da guerra da Ucrânia causada pela invasão russa, disse o comissário europeu da Energia, Dan Jorgensen, em Bruxelas, garantindo que o executivo comunitário está a “trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana para que isto aconteça […] e o mais rapidamente possível”.
Apesar de ter chegado a estar prevista para final de março a apresentação de um roteiro para o fim das importações de energia pela UE à Rússia, este documento foi depois retirado do calendário da instituição.
Em entrevista à Lusa e outras agências europeias no âmbito do projeto European Newsroom (Redação Europeia), Dan Jorgensen lembrou que “é evidente que a situação geopolítica levanta muitas questões e estamos em diálogo muito estreito com os países da Europa, um Estado-membro [Eslováquia], que serão diretamente afetados por um corte total do gás russo”.
A UE ainda importa 13% do gás russo – 45% antes da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
No seguimento dos vários pacotes de sanções adotados pela UE contra a Rússia pela invasão da Ucrânia, foi proibida a compra de carvão e de praticamente todo o petróleo russo no mercado único, mas não de gás, embora o bloco comunitário esteja a avançar para uma desconexão energética total em relação a Moscovo.
A UE tem como objetivo acabar com o recurso aos combustíveis fósseis russos até 2027.