Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, afirmou esta quinta-feira estar a preparar uma reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para pôr termo à guerra na Ucrânia. “O Presidente Putin quer que nos encontremos, até o disse publicamente, e precisamos de acabar com esta guerra, que é um verdadeiro desperdício”, referiu o magnata na sua residência em Mar-a-Lago, no estado da Florida. “Ele quer que nos encontremos, e estamos a organizar isso”, acrescentou.
O fim do conflito na Ucrânia foi uma das grandes promessas eleitorais da campanha republicana. Donald Trump, que toma posse já no próximo dia 20 de janeiro, prometeu acabar com a guerra “dentro de 24 horas”, tendo apelado a um “cessar-fogo imediato” e a negociações de paz.
O presidente da Rússia, em dezembro do ano passado, já tinha referido estar disponível para um encontro com republicano “a qualquer momento”. “Se algum dia encontrarmos o presidente eleito Trump, tenho a certeza de que teremos muito sobre o que conversar”, disse no decorrer de uma sessão de perguntas e respostas transmitida pela televisão russa.
Também esta quinta-feira, Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia, disse ser “evidente que daqui a 11 dias começa um novo capítulo para a Europa e para o mundo inteiro”, numa clara referência à tomada de posse de Trump para um segundo mandato. “Percorremos um caminho tão longo que, honestamente, seria uma loucura deixar ‘cair a bola’ agora e não continuar a construir as coligações de defesa que criámos, especialmente já que elas nos ajudam a crescer e a fortalecer o que é basicamente o nosso poder de defesa partilhado”, sublinhou o líder ucraniano durante a 25.ª reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, uma coligação de mais de 50 países criada em 2022 com o objetivo de coordenar o apoio à Ucrânia.
Ao lado de Zelensky esteve Lloyd Austin, secretário de Defesa dos Estados Unidos, que preside aos trabalhos da coligação. O antigo general norte-americano anunciou recentemente um novo pacote de ajuda à Ucrânia no valor de 485 milhões de euros, a poucos dias da tomada de posse republicana. O novo pacote inclui “mísseis adicionais para a defesa aérea ucraniana, mais munições, mais munições ar-terra e equipamento para apoiar os F-16 da Ucrânia”.