Cerca de 100 chefes de Estado ou de governo vão representar os seus países na Cimeira da Paz na Ucrânia, que se realiza este fim de semana no cantão de Nidwalden, no coração da Suíça. Entre eles, estará Volodymyr Zelensky, o Presidente da Ucrânia – mas não Vladimir Putin. E não apenas porque a Suíça, como signatária do Estatuto de Roma, teria de prender o Presidente russo, para ser julgado no Tribunal Penal Internacional: Putin poderia enviar um representante, mas a Suíça decidiu não convidar, de todo, a Rússia.
Há, no entanto, mais ausências de peso, o que ameaça esvaziar a cimeira. A mais notada é a da China, que foi convidada, mas não só não se vai fazer representar como poderá estar mesmo a minar o encontro, segundo o Presidente ucraniano. No início deste mês, em declarações durante o Diálogo de Shangri-La (a cimeira anual de segurança asiática, em Singapura), Zelensky acusou o regime de Xi Jinping de “trabalhar para que os países não comparecessem à cimeira de paz”, em sintonia com Moscovo, que “usa a influência chinesa na região [Ásia]” para perturbar o encontro. “É lamentável que um país tão grande, independente e poderoso como a China seja um instrumento nas mãos de Putin.”