Sabreen al-Sakani nasceu no passado domingo, no hospital de Rafah, de cesariana de emergência, depois de a mãe morrer num ataque israelita em Gaza. Com a apenas 30 semanas de gestação (cerca de 7 meses e meio) e 1,4 quilos, a “bebé-mártir” acabou por não resistir e morreu na quinta-feira, 24 com quatro dias de vida. Prematura, a bebé nasceu com problemas respiratórios e um sistema imunitário fraco e junta-se, assim, à lista das outras 15 crianças que morreram em Gaza no último fim de semana.
A família de Sabreen – os pais e uma irmã de três anos – estava a dormir quando a sua casa foi atingida, ficando praticamente toda destruída.
Segundo a União Europeia, a prolongada situação humanitária dos palestinianos na Faixa de Gaza continua a deteriorar-se rapidamente devido à contínua intensificação das hostilidades após o ataque terrorista do Hamas contra Israel, em outubro de 2023, e a consequente operação militar israelita em grande escala, juntamente com o bloqueio do enclave, o que tornou catastrófica a situação humanitária para os 2,2 milhões de habitantes, resultando num elevado número de mortos entre os civis e num risco concreto de fome.
A UE já enviou desde o início da ofensiva israelita mais de duas mil toneladas de bens em 48 voos através da ponte áerea e anunciou esta quinta-feira o reforço da ajuda humanitária aos palestinianos afetados pela guerra em 68 milhões de euros.
Segundo um comunicado da Comissão Europeia, a nova ajuda – que eleva o total para 193 milhões só este ano – será canalizada através de parcerias com organizações já no terreno e destina-se a contribuir para a assistência alimentar, nutricional, sanitária, hídrica e sanitária e o apoio a abrigos, entre outros.