“Acreditamos que todas as partes, incluindo Israel, devem ser encorajadas a mostrar moderação e a não reagir de uma forma que arrisque uma nova escalada”, disse Michel em conferência de imprensa no final de uma cimeira de dois dias dos líderes dos 27, na qual foi abordada a crise no Médio Oriente.
O político belga sublinhou que, se os países da região querem colaboração com a União Europeia (UE), também é preciso proteger os civis na Faixa de Gaza, libertar os reféns detidos no enclave, permitir o acesso efetivo da ajuda humanitária e garantir o cessar-fogo.
Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia aprovaram na noite de quarta-feira conclusões nas quais condenaram o ataque iraniano e mostraram apoio a Israel, ao mesmo tempo que sublinharam a necessidade de um cessar-fogo na Faixa de Gaza e da libertação incondicional dos reféns detidos pelo movimento islamita palestiniano Hamas.
“É evidente que a mensagem que foi enviada ontem é extremamente clara. Queremos deixar claro que condenamos este ataque do Irão”, sublinhou Michel.
Ao mesmo tempo, disse que a UE quer “desenvolver sanções contra o Irão” como resultado deste ataque com centenas de mísseis e de ‘drones’, razão pela qual os líderes comunitários deram instruções aos seus ministros para trabalharem neste assunto.
“Como é prática habitual, o Conselho dá as orientações e os ministros trabalharão com mais precisão para identificar as ações a realizar. Em qualquer caso, estarão no domínio dos ‘drones’ e dos mísseis”, acrescentou.
Segundo Michel, do ponto de vista estratégico, os Estados-membros acreditam que é “extremamente importante isolar política e diplomaticamente o Irão e envolver-se com os países da região”.
“Porque o Irão não é apenas uma ameaça à segurança de Israel. O Irão é uma ameaça à estabilidade e segurança regionais”, concluiu.
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