O principal tópico da discussão é o mesmo dos últimos dois anos, a invasão russa da Ucrânia, e para isso vai haver mais uma reunião do Conselho NATO-Ucrânia, estrutura criada há cerca de um ano com a finalidade de aproximar o país invadido da Aliança Atlântica, enquanto a adesão formal não pode ser abordada.
Kiev tem insistentemente pedido mais munições e sistemas de defesa antiaérea para tentar debelar os possíveis progressos de Moscovo no campo de batalha, com o final do inverno e o degelo em território ucraniano a abrir caminho para a movimentação na frente de batalha.
A possibilidade de o apoio norte-americano ‘secar’, com uma eventual vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de novembro, preocupa a Ucrânia e também os países da NATO, que olham para o reforço imediato das capacidades militares ucranianas como única maneira de assegurar que a Rússia não conquista mais território e é empurrada para negociações que conduzam a um cessar-fogo.
Os países mais próximos do flanco leste olham com preocupação para o desenrolar do conflito. O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, disse recentemente que o clima é “de pré-guerra”, enquanto o Presidente francês, Emmanuel Macron, admitiu enviar tropas para a Ucrânia.
Mas a embaixadora dos Estados Unidos para NATO, Julianne Smith, descartou os dois cenários: “Não há indicações de que uma guerra da Rússia seja iminente no território da NATO” e “os EUA não apoiam o envio de tropas para combater a Ucrânia”, disse na terça-feira.
Na reunião, com início pelas 11:00 locais (10:00 em Lisboa), participa o novo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
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