“Mais de 500 empresas na Ucrânia trabalham na indústria militar, mas isso não é suficiente. Temos problemas com munições”, disse Zelenski na abertura de uma cimeira entre o seu país e os países do sudeste da Europa, que se realiza na capital albanesa.
“É por isso que estamos interessados em trabalhar convosco na produção conjunta de armas e munições. Gostaríamos também de organizar uma cimeira separada sobre a produção de munições com os países dos Balcãs”, disse Zelensky.
O chefe de Estado ucraniano insistiu que o regime do Presidente russo, Vladimir Putin, “tem de perder a guerra” que iniciou há dois anos com a invasão da Ucrânia e que “esta é a base para a segurança da Europa”.
Zelensky também apoiou as aspirações, partilhadas com a Ucrânia, da Albânia e de outros países dos Balcãs de aderirem à União Europeia (UE).
“Acreditamos que todos os países e todos os povos que defendem os padrões europeus merecem a integração”, afirmou.
O primeiro-ministro albanês, Edi Rama, cujo governo organizou a cimeira, apelou a uma maior assistência militar e financeira à Ucrânia para “travar o agressor russo” e “não desarmar a vítima”.
“Não podemos permitir que a Rússia ganhe e a Ucrânia perca”, declarou Rama.
“Putin queria varrer a Ucrânia do mapa mundial em poucos dias, mas não conseguiu. […] A sobrevivência da Ucrânia depende do apoio militar e financeiro que não deve ser adiado por razões políticas internas e burocráticas”, acrescentou o primeiro-ministro albanês.
A cimeira Ucrânia-Balcãs Ocidentais, que se realiza em Tirana, aborda o impacto da agressão russa nos Balcãs e a assistência que a região pode prestar a Kiev, incluindo a militar.
Além de Zelensky e Rama, a conferência conta também com a presença dos presidentes da Macedónia do Norte, Stevo Pendarovski, do Montenegro, Jakov Milatovic, da Sérvia, Aleksandar Vucic, e da Moldávia, Maia Sandu.
Igualmente presentes estão os primeiros-ministros da Bósnia-Herzegovina, Bojana Kristo, e da Croácia, Andrej Plenkovic, bem como o Comissário Europeu para o Alargamento, Olivér Várhelyi.
Na quinta-feira, em Tirana, será igualmente discutida a cooperação económica entre os países dos Balcãs como um impulso para a estabilização e a paz na região, bem como a assistência financeira da UE à região.
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