“É com sentimentos contraditórios que anuncio a decisão de apresentar a minha demissão”, declarou numa conferência de imprensa na capital Chisinau.
Em paralelo, prometeu prosseguir, “qualquer que seja a posição” que ocupe, no apoio à Presidente Maia Sandu, que se apresenta a um segundo mandato nas presidenciais previstas para o final de 2024.
O responsável de 42 anos, também vice-primeiro-ministro, garantiu uma projeção inédita do seu pequeno país na cena internacional desde 2021.
“Conseguimos colocar a Moldova no caminho do acesso à UE e no mapa de uma Europa alargada. Objetivos que pareciam inalcançáveis há dois ou três anos”, sublinhou.
Esta ex-república soviética de 2,6 milhões de habitantes, situada entre a Roménia e a Ucrânia, obteve em 23 de junho de 2022 o estatuto de candidato à UE, o início de um processo longo e complexo na perspetiva de uma adesão.
Em dezembro de 2023 foi transposta uma etapa simbólica quando os 27 decidiram abrir as negociações formais. A Presidente referiu-se na ocasião a uma “nova página na história” de um país espartilhado entre o leste e o ocidente.
Popescu, ovacionado pelos seus colegas na abertura do seu último Conselho de ministros, também se congratulou por ter “extirpado a Moldova das suas horas sombrias, quando a diplomacia estava ao serviço dos oligarcas”, apesar de o país continuar a confrontar-se com a prevalência da autoproclamada República da Transnístria, controlada pelos secessionistas russófonos desde 1990.
O MNE demissionário vai ser substituído por Mihai Popsoi, 36 anos — membro do mesmo partido liberal, de centro-direita e pró-europeu Partido de Ação e Solidariedade (PAS) –, atual vice-presidente do parlamento, enquanto a gestão dos Assuntos Europeus será confiada à secretária de Estado Cristina Gherasimov.
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