O grupo de milícias xiitas pró-iranianas Resistência Islâmica no Iraque disse no domingo ter lançado um míssil de cruzeiro contra a cidade israelita de Haifa, na costa norte de Israel.
Em comunicado, citado pela agência de notícias iraquiana Shafaq, o grupo referiu que “os ‘mujahedin’ da Resistência Islâmica no Iraque, usando um míssil de cruzeiro de longo alcance Al Arqab, atacaram um alvo vital na Haifa ocupada”.
Israel não fez até ao momento qualquer comentário sobre este alegado ataque contra Haifa.
De acordo com imprensa israelita e palestiniana, uma explosão foi ouvida no porto de Haifa no domingo, causando uma nuvem de fumo, alegadamente causada por um ataque vindo do mar.
A Resistência Islâmica no Iraque garantiu que “continuará a destruir” as posições israelitas e prometeu mais ataques.
Também no domingo, o grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou uma dezena de ataques no norte de Israel, enquanto o exército israelita reconheceu que o ataque de sábado causou danos numa base de controlo de tráfego aéreo no monte Meron.
Os ataques do Hezbollah a posições militares israelitas intensificaram-se no fim de semana, depois de um alegado bombardeamento israelita em Beirute, na semana passada.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, alertou no domingo para o risco de a guerra na Faixa de Gaza se “alastrar facilmente” no Médio Oriente e pediu esforços para que o conflito “não se expanda”, por ser “uma preocupação global”.
Também no domingo, o presidente do Comité Revolucionário dos rebeldes iemenitas — o governo interino estabelecido pelos Huthis, apoiados pelo Irão –, Mohamed Ali al Huti, tinha instado a Resistência Islâmica do Iraque a cortar o fornecimento às bases militares dos Estados Unidos no país e assim expulsar os soldados norte-americanos.
No sábado, a Resistência Islâmica no Iraque tinha reivindicado um ataque contra uma base militar ocupada pelos Estados Unidos em Erbil, capital da região semiautónoma do Curdistão iraquiano, no quadro da guerra Israel-Hamas.
A Unidade Antiterrorista do Curdistão iraquiano confirmou, em comunicado, que um ‘drone’ carregado de explosivos atacou a base de Harir, em Erbil.
Este foi o primeiro ataque depois de o primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al-Sudani, ter anunciado, também no sábado, a formação de um comité para planear a saída do país das forças da coligação internacional.
A Resistência Islâmica no Iraque tem reivindicado desde meados de outubro a autoria de dezenas de ataques contra alvos norte-americanos na Síria e no Iraque, em resposta ao “apoio inabalável” de Washington a Israel no conflito com o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
VQ (JSD/ALU/MAG) // EJ