Uma jovem cidadã portuguesa poderá estar entre os sequestrados pelo grupo palestiniano Hamas, no último sábado. A informação é avançada pelo correspondente da SIC em Israel, Henrique Cymerman, que falou com a família da israelita sefardita com passaporte português de 22 anos. O mesmo correspondente avançou mais tarde que uma outra jovem israelita sefardita com passaporte português de 25 anos também poderá ter sido raptada nas mesmas circunstâncias, não avançando por enquanto mais informações sobre este segundo caso.
A última vez que a jovem de 22 anos falou com a mãe foi na sexta-feira à noite. Tinha dado indicações de que no dia seguinte iria estar no festival pela Paz que se realizou na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza. Contudo, o evento foi interrompido durante a manhã por combatentes do Hamas, que dispararam contra a multidão e ainda levaram dezenas de reféns para Gaza.
Sem notícias da filha, a mãe da jovem cidadã portuguesa procurou-a nos hospitais e entre os 250 cadáveres que foram encontrados no local do festival. Contudo, esta mãe não encontrou a filha e continua sem ter qualquer informação do seu paradeiro, o que a faz temer que esteja entre o grupo de reféns levados pelos Hamas.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros ainda não confirmou a informação de que uma cidadã portuguesa poderá ter sido sequestrada pelo Hamas e levada para a Faixa de Gaza.
O Gabinete de Coordenação para os Assuntos Humanitários das Nações Unidas confirmou na manhã desta segunda-feira que a guerra entre o movimento palestiniano Hamas e Israel fez até ao momento 123 mil deslocados na Faixa de Gaza. “Mais de 17.500 famílias representam 123.538 pessoas, que receiam a sua proteção e a destruição das suas habitações”, acrescenta a ONU.
O Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita (operação Tempestade al-Aqsa), com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milícias.
Para devolverem os reféns a Israel, nos quais dizem incluir-se mulheres e crianças, os palestinianos exigem a libertação dos mais de 4.000 cidadãos nacionais que se encontram detidos nas prisões israelitas.
Artigo atualizado às 10h45 com mais informações.