“Qualquer ataque a casas inocentes em Gaza, sem aviso prévio e alerta, será respondido com a execução pública de um refém”, disse Abu Obeida, porta-voz das brigadas Al Qasam, o braço armado do Hamas, num comunicado.
“A execução será de reféns civis, não militares, e será transmitida ‘online'”, acrescentou o comunicado.
Israel tem bombardeado fortemente toda a Faixa de Gaza ao longo do dia, incluindo instalações militares do Hamas e da Jihad Islâmica, mas também infraestruturas civis e edifícios residenciais.
Os mortos no enclave ultrapassam os 560 e os feridos são mais de 2.900, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, mas estima-se que o número aumente nas próximas horas porque há pessoas presas sob os escombros de casas destruídas.
Os palestinianos na zona denunciaram hoje que Israel deixou de usar o método conhecido como “bater no telhado”, pelo qual dispositivos não explosivos são atirados para os telhados das casas como um aviso de que vão ser bombardeados em poucos minutos, para que a população possa sair.
“O inimigo não entende a linguagem da humanidade e da moralidade, pelo que responderemos na linguagem que ele conhece”, prometeu Obeida.
“A partir desta hora, anunciamos que cada ataque contra o nosso povo será respondido com a execução de um dos nossos reféns inimigos e iremos transmiti-la ao vivo”, garantiu o porta-voz.
Israel declarou estado de guerra contra o Hamas, no sábado, depois de este grupo ter lançado um ataque múltiplo, por terra, mar e ar, que apanhou o país de surpresa, numa escala sem precedentes, com o lançamento de foguetes e incursões terrestres em solo israelita, matando e sequestrando dezenas de cidadãos.
Em três dias de guerra, as mortes em Israel ultrapassam as 800 e são mais de 2.500 os feridos pela agressão palestiniana, enquanto do outro lado, os pesados bombardeamentos de resposta israelitas em Gaza provocaram mais de 560 mortos e 2.900 feridos.
RJP // PDF