Walter Isaacson, conhecido por uma série de biografias de sucesso, incluindo a do cofundador da Apple, Steve Jobs (2011), teve acesso sem precedentes ao empreendedor excêntrico, a quem entrevistou em diversas ocasiões.
De acordo com trechos do livro citados por diversos meios de comunicação norte-americanos, que tiveram acesso à obra, o autor descreve um Elon Musk consumido pelo desejo de fazer da espécie humana uma população “multiplanetária”, graças à sua empresa aeroespacial SpaceX.
Para o bilionário, o “vírus ‘woke'”, em referência ao ativismo que visa promover e defender todas as minorias, apresenta o risco de inviabilizar a colonização de outros planetas, em primeiro lugar Marte, porque é “anti-humano em geral” e deve ser parado.
Segundo Walter Isaacson, o homem mais rico do mundo é uma “criança grande”, que permanece marcada por uma juventude durante a qual foi regularmente vítima de ‘bullying’ na escola.
Elon Musk falou abertamente com o seu biógrafo sobre a síndrome de Asperger, uma forma de autismo para a qual foi diagnosticado, o que explica, como o próprio admite, porque é que é “péssimo a descodificar sinais sociais” nas suas relações com os outros.
O empresário que nasceu na África do Sul é descrito como “atraído pela tempestade e pelo drama”, sujeito a “oscilações emocionais imprevisíveis”, que se manifestam na forma como dirige as empresas das quais é chefe.
O livro evoca vários exemplos da fúria de Elon Musk, quando os seus funcionários não correspondem às suas expectativas, ou a forma como está preparado para humilhá-los caso lhe façam frente.
Para a artista Grimes, ex-companheira do empresário, este entra em “modo demónio” ao expressar a sua irritação, estado que “gera muito caos”, confidenciou ao biógrafo.
Walter Isaacson revela, sobre a cantora canadiana, que teve um terceiro filho com Elon Musk, através de uma barriga de aluguer, enquanto o ex-casal tinha falado até agora apenas dois bebés.
Isto eleva para dez o número de filhos vivos conhecidos de Elon Musk, incluindo dois com uma diretora executiva de uma das suas empresas, a Neuralink, a quem doou esperma.
“Ele quer que as pessoas tenham filhos”, sublinhou Shivon Zilis, mãe dos gémeos nascidos em 2021, ao autor da biografia.
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