Vladimir Putin garantiu este sábado, numa primeira reação à incursão do grupo Wagner no interior da Rússia, transmitida na televisão nacional, que o país “vai defende-se e repelir esta movimentação inimiga”, de acordo com a tradução da Sky News, citada pelo jornal The Guardian.
Sem nunca referir o nome de Yevgeny Prigozhin, o homem que lidera o grupo de mercenários que até há pouco tempo combatia na linha da frente da guerra na Ucrânia, Putin alegou que a Rússia estava “a lutar pela vida e segurança dos seus cidadãos e pela sua integridade territorial”, depois de o grupo Wagner ter ocupado a cidade de Rostov, cerca de mil quilómetros a sul da capital Moscovo e atual centro logístico do exército russo, nas proximidades da fronteira Leste com a Ucrânia.
“É uma questão de defender a história milenar da Rússia. Isto exige união de toda a gente. Temos de fazer tudo para eliminar este perigo. É uma tentativa de nos subverter por dentro. Isto é traição”, afirmou, prometendo “medidas decisivas para estabilizar a situação em Rostov do Don”, apesar de admitir “dificuldades” em conter a rebelião armada, uma vez que “o trabalho das autoridades civis e militares está a ser bloqueado”.
Considerando esta “a batalha mais dura pelo futuro” da Rússia, o presidente apelidou a ação do grupo Wagner como “uma facada nas costas” e garantiu que os responsáveis pela insurreição “serão punidos”, apelando-lhes a que “parem as ações criminosas”.