O deserto do Atacama, no Chile, é conhecido por ser um cemitério gigante de roupas de fast fashion, onde várias marcas depositam peças que foram descartadas ou que já não se usam.
Nesse local, são depositadas roupas confecionadas na China ou no Bangladesh, que já passaram pela Europa, Ásia ou Estados Unidos antes de chegarem ao país. Pelo menos 39 mil toneladas dessas roupas chegaram ao aterro sanitário no deserto em 2021, de acordo com o Insider.
Ao longo dos anos, o depósito tem crescido cada vez mais e o cenário até já é visível do espaço. Uma foto de satélite de alta resolução foi publicada na internet pela empresa SkyFi, que fornece imagens e vídeos de satélite.
“A imagem com resolução de 50 cm, classificada como sendo de Resolução Muito Alta, foi obtida com imagens de satélite e mostra o tamanho do monte”, escreveram os especialistas.
Em 2022, o mercado da fast fashion estava avaliado em cerca de 97 mil milhões de euros, sendo que, atualmente, já ultrapassa os 111 mil milhões. As estimativas também indicam que, em 2027, já deverá ter ultrapassado os 164 mil milhões, segundo o relatório da Business Research Company.
O aterro atrai migrantes e pessoas locais, que procuram itens que possam vestir ou vender, segundo a mesma entidade. O fenómeno gerou tamanho desperdício que as Nações Unidas definiram-no como “uma emergência ambiental e social” para o planeta.