“Até agora, os dados continuam a apoiar a opinião do comité [de política monetária] de que reduzir a inflação levará tempo”, afirmou Powell, num evento público em Washington.
No entanto, Powell reconheceu que “as tensões na banca” que surgiram no início de março, com o colapso de alguns bancos, “possivelmente levaram a que a taxa (de referência) não necessite de aumentar tanto como seria necessário” se não houvesse a crise.
“Claro que o alcance disso é muito incerto”, acrescentou.
O presidente da Fed reiterou que o comité está fortemente empenhado em fazer a inflação regressar à meta de 2%.
“Acreditamos que não reduzir a inflação não só prolongaria a dor, como aumentaria, em última instância, os custos sociais de voltar à estabilidade de preços, o que causaria danos ainda maiores às famílias e empresas”, adiantou.
Powell não deu pistas sobre se na próxima reunião da Fed, em meados de junho, continuará a subida das taxas de juro ou se haverá uma pausa.
Em abril, a taxa de inflação voltou a baixar nos Estados Unidos, situando-se em 4,9%, menos uma décima em relação ao mês anterior.
No início de maio, a Fed decidiu subir a sua taxa de juro em 25 pontos base, colocando-a entre 5% e 5,25%.
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