Ainda segundo as autoridades, os abrigos para acolhimento de migrantes estão superlotados.
A Guarda Costeira anunciou ainda que localizou os corpos de sete pessoas após o naufrágio, na noite de sexta-feira, de duas embarcações perto da ilha de Malta, tendo dez migrantes desses naufrágios sido resgatados, de acordo com a imprensa local.
Itália e Malta viram o número de embarcações a cruzar o Mediterrâneo Central multiplicar-se este fim de semana.
Na margem sul, a Tunísia afirmou ter parado a partida de mais de 70 embarcações num período de grandes movimentações ininterruptas há semanas.
Em Lampedusa, 290 migrantes chegaram esta manhã cedo provenientes de sete embarcações resgatadas pela organização não-governamental (ONG) Louise Michel e pelas patrulhas da Guardia di Finanza, que tem poder de supervisão marítima.
Anteriormente, entre sexta-feira e hoje, mais de 1.700 pessoas chegaram à ilha em 43 desembarques diferentes que saturaram a capacidade de receção dos abrigos, com capacidade para 400, anunciou a câmara municipal de Agrigento após ter solicitado a transferência de um grupo de migrantes para outro porto.
No continente, na região da Calábria, chegaram na sexta-feira à tarde outros 550 migrantes, a maioria dos quais desembarcou em Crotone, a cidade onde há um mês morreram 89 pessoas em consequência de um naufrágio.
Por seu lado, as autoridades italianas atribuíram na sexta-feira o porto de Bari, sul do país, ao navio Geo Barents, da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), algumas horas após o salvamento de 190 migrantes no Mediterrâneo Central.
Outra embarcação, Life Support da ONG Emergency, resgatou 78 pessoas numa embarcação de borracha, incluindo 28 menores não acompanhados e uma mulher grávida.
Até agora este ano, mais de 20.000 migrantes desembarcaram nas costas italianas, mais de três vezes os 6.500 do mesmo período em 2022, de acordo com números oficiais.
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