Na região de Zhengzhou, na China, foi decretado um confinamento na zona da principal fábrica da Foxconn, o maior produtor de iPhones. Isto porque houve relatos de trabalhadores a fugir do local durante a noite após uma quarentena forçada, na sequência de um surto de covid-19. Agora, as pessoas e os veículos só podem ser vistos na via pública por motivos médicos ou razões de força maior.
Esta decisão abrupta reflete a abordagem Zero Covid de Pequim e, segundo o site Bloomberg, provavelmente atrapalhará ainda mais a principal base de operações da Foxconn, que produz cerca de quatro dos cinco aparelhos mais recentes da Apple.
A medida do governo surgiu depois de a zona de Zhengzhou ter relatado que os casos de Covid-19 passaram para 359 na terça-feira, três vezes mais do que no dia anterior. Há rumores que haja mortos no interior do recinto da fábrica, mas não foram confirmados.
Assim, a fábrica passará a operar num “ciclo fechado”, numa bolha isolada e independente do mundo exterior, garantiu a própria Foxconn em comunicado. No entanto, não se sabe como é que a empresa irá enviar e receber os componentes.
A Bloomberg tentou um comentário da Apple, mas esta optou por não se pronunciar sobre este incidente que poderá resultar em milhares de perdas monetárias. Ainda assim, a Foxconn tem reservas que conseguem garantir a operacionalidade da fábrica durante algum tempo, mas que são, claro, limitadas, a que se junta a questão de ninguém saber quanto durará este confinamento.