Já passava das 16h30, horário de Brasília, quando o ainda presidente Jair Bolsonaro apareceu pela primeira vez aos jornalistas depois de ter perdido as eleições de domingo. Numa curta declaração, que aconteceu no Palácio da Alvorada, em Brasília, o líder do Partido Liberal começou por agradecer aos milhões de brasileiros que votaram em si.
E aproveitou o momento para falar sobre as manifestações que ocorrem neste momento, no país, em protesto com a vitória de Lula da Silva. “Movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas serão sempre bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população”, afirmou Bolsonaro, acrescentando que, durante o seu mandato, conseguiu superar “a pandemia e as consequências de uma guerra.”
Não assumindo a derrota e sem mencionar o nome de Lula da Silva, o vencedor das eleições, o ainda presidente acrescentou que os sonhos – “os nossos”, como referiu – “seguem mais vivos do que nunca” e que será sempre pela “ordem e progresso”, destacando também a “robusta representação no Congresso”, que “mostra a força dos valores: Deus, pátria, família e liberdade”.
“Sempre fui rotulado como antidemocrático e ao contrário dos que me atacam sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar os media ou as redes sociais”, garantiu ainda. “Enquanto Presidente e cidadão continuarei a cumprir todos os mandamentos da nossa Constituição”.
O presidente acrescentou também que é uma “uma honra ser o líder de milhões de brasileiros” que defendem a “liberdade económica, religiosa, de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da bandeira”.