Estas detenções somam-se às 16 mil já efetuadas antes do estado de exceção, cujo sétimo prolongamento, a pedido do governo, foi decretado na sexta-feira à noite, depois da votação favorável do Congresso salvadorenho.
O estado de emergência foi introduzido no final de março, na sequência de uma onda de 87 homicídios atribuídos aos denominados “maras”. A medida permite detenções sem um mandado, o que suscitou críticas de organizações de defesa dos direitos humanos.
“Esta guerra [contra o crime organizado] está a ser ganha e vamos continuar a destacar milhares de polícias e soldados todos os dias para prender estes terroristas”, disse o ministro da Justiça e Segurança salvadorenho, Gustavo Villatoro, aos deputados antes da votação sobre o prolongamento do estado de emergência.
“Vamos continuar os nossos esforços até que o último ‘gangster’ esteja atrás das grades”, frisou o ministro da Defesa, René Francis Merino.
Desde o início da “guerra” contra estes grupos criminosos, especialmente a Mara Salvatrucha (MS-13) e o Barrio 18, a polícia e os militares apreenderam já 1.644 armas de fogo, 2.026 veículos, 12.842 telemóveis e 1,2 milhões de dólares, acrescentou Villatoro.
Para responder ao elevado número de detidos, a administração prisional está a construir uma enorme cadeia para 40 mil suspeitos de crimes em Tecoluca, uma zona rural no centro do país.
O centro de detenção deverá estar pronto até final do ano, de acordo com as autoridades.
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