O esperado recorde do mundo de Sidney MacLaughlin nos 400 metros barreiras confirmou-se hoje, mas a atleta norte-americana surpreendeu mesmo assim, a retirar 73 centésimos à anterior marca, para 50,68 segundos.
Ao oitavo dia de provas, os Mundiais de atletismo, que decorrem na cidade norte-americana de Eugene, já têm um grande momento, com uma marca que fica para a história da modalidade, já que é o primeiro registo abaixo dos 51 segundos nos 400 metros barreiras.
Para MacLaughlin, de 22 anos, é o quarto recorde mundial em duas épocas e o terceiro neste mesmo estádio Hayward – que provou, pelas marcas dos 200 metros, ser de exceção para as provas de velocidade e barreiras.
No ano passado, a atleta ganhou as qualificações dos Estados Unidos para os Jogos Olímpicos com um recorde mundial e depois sagrou-se campeã olímpica, novamente com recorde. Este ano, novo recorde nas qualificações norte-americanos para o Mundial e agora este, um segundo e meio à frente de toda a concorrência.
Campeã do mundo sub-18 em 2018, MacLaughlin já se batia com as melhores no Mundial de Doha2019, sendo medalhada de prata ainda com a idade de júnior, só perdendo para a sua compatriota Dalila Mohamad – hoje relegada para terceira, atrás da neerlandesa Femke Bol -, então a fazer recorde do mundo. Nesses Mundiais, esteve também na estafeta vitoriosa dos Estados Unidos em 4×400 metros.
No ano passado, em Tóquio, voltou a ganhar na estafeta, pelo que tem já, como sénior, duas medalhas de ouro olímpicas e uma nos Mundiais, a que poderá juntar outra, na estafeta, domingo.
Para essa estafeta, os Estados Unidos anunciaram hoje que inscreviam Allyson Felix, a recordista absoluta de medalhas, com as 19 que atingiu em Eugene, com o bronze na estafeta mista.
É improvável que a atleta veterana, de 36 anos, corra a final, mas, se estiver nas eliminatórias, como tudo indica, terá direito também a uma medalha, atingindo um número redondo, 20, na sua despedida das pistas.
Domingo terá também a final do salto com vara, para que se qualificou com facilidade o recordista do mundo, Armand Duplantis.
Já esta época, o sueco elevou o recorde absoluto para 6,20 metros, em pista coberta, e ao ar livre para 6,16.
Nas outras três finais do dia na pista, ou seja os 400 metros masculinos e femininos e o lançamento do disco para o setor feminino, ganharam os favoritos à partida.
Nos 400 metros masculinos, Michael Norman, dos Estados Unidos, conseguiu o seu primeiro grande título, confirmando a boa época, com 44,29 segundos.
Surpresa foi o regresso em cheio de Kirani James, o campeão olímpico de 2012 – e depois prata e bronze, sucessivamente. Hoje foi segundo, à frente do britânico Matthew Hudson-Smith, o campeão da Europa em título.
No setor feminino, Shaunae Miller-Uibo sagrou-se campeã do mundo, ela que já foi por duas vezes a melhor nos Jogos Olímpicos. Ganhou em 49,11, à frente da dominicana Marileidy Paulino e de Sada Williams, dos Barbados.
Kelsey-Lee Barber, da Austrália, segurou a sua coroa do lançamento do dardo, que enviou a 66,91 metros. A prata foi para Kara Winger, dos Estados Unidos, e o bronze para a japonesa Haruka Kitaguchi.
De manhã, os 35 km marcha para o setor feminino repetiram o pódio dos 20 km.
Ganhou de novo a peruana Kimberly García León, que cumpriu as 35 voltas ao circuito urbano nas imediações do estádio Autzen em 2:39.16 horas, com a polaca Katarzyna Zdzieblo e a chinesa Shijie Qieyang nas segunda e terceira posições, respetivamente.
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