São Tomé, 13 set 2021 (Lusa) – Uma missão do Banco Mundial (BM) encontra-se na capital são-tomense para avaliar a cooperação com o governo do arquipélago e admitiu hoje a intenção de financiar a ligação do cabo submarino para a ilha do Príncipe.
“No Banco Mundial acreditamos que o futuro da economia está no desenvolvimento digital”, disse o diretor regional do Banco Mundial para África, Jean-Cristopher Carré, assegurando que abordou com o Governo são-tomense “a possibilidade de financiar o novo cabo submarino que vai ligar-se à ilha do Príncipe”, entretanto, sem avançar outros detalhes.
A ligação ao cabo submarino é um dos grandes investimentos que o Governo da Região Autónoma do Príncipe tem defendido nos últimos anos, no sentido de permitir o funcionamento da internet de melhor qualidade, através da rede de fibra ótica.
A equipa do Banco Mundial reuniu-se hoje com alguns membros do executivo são-tomense para a avaliação do programa de cooperação através do qual o BM financia projetos ligados a educação, empoderamento das raparigas, energia, estradas e outros investimentos no país.
“Apresentamos o diagnostico ao Governo e vamos continuar nos próximos dois dias a apresentar este diagnostico as outras entidades da sociedade são-tomense”, avançou o diretor regional do BM, acrescentando que estes encontros vão permitir “determinar o sentido da cooperação entre São Tomé e Príncipe e o Banco Mundial nos próximos 5 anos”.
Nos últimos anos, o Banco Mundial tem apoiado São Tomé e Príncipe na estabilização macroeconómica, através do apoio ao Orçamento Geral do Estado (OGE) e no setor energético prevendo nos próximos anos avançar para “a transição para energia segura e renovável”, disse Jean-Cristopher Carré.
O represente do BM assegurou que o financiamento desta instituição para o Estado são-tomense duplicou nos últimos 4 anos, considerando que os pequenos estados como São Tomé e Príncipe “precisam de grandes financiamentos, porque as suas economias estão em dificuldades”, sobretudo devido a pandemia da covid-19 que teve consequências negativas para a economia.
JYAF //RBF