Este sábado, o vulcão do Monte Nyiragongo, um dos mais ativos do mundo, localizado a cerca de 20 quilómetros da cidade de Goma, República Democrática do Congo, perto da fronteira com o Ruanda, entrou em erupção, provocando medo na população, que foi retirada da cidade, de acordo com a agência AFP.
A evacuação da cidade foi ordenada pelo próprio governo, embora inicialmente a erupção não tenha sido considerada perigosa para os habitantes, de acordo com a mesma agência. Com medo, algumas pessoas começaram a fugir em direção à fronteira com o Ruanda quando se aperceberam da erupção e, à Reuters, uma fonte da ONU explicou que a lava estaria a dirigir-se numa direção oposta a essa fronteira. “Mais de 7 mil pessoas atravessaram a fronteira com o Ruanda. Começaram a regressar à cidade esta manhã pelas 5 horas” disse, este domingo, numa declaração, Constant Ndima, governador militar da região. Ainda assim, a retirada da população foi ordenada e, de acordo com a agência, a lava ter-se-á aproximado do aeroporto local.
De acordo com Constant Ndima, “a lava parou em direção a Buhene, na periferia de Goma” e, por isso, a cidade foi “poupada”, avançou, registando também um balanço provisório de cinco mortes, que aconteceram em acidentes durante a fuga de habitantes. O general disse ainda que “casas foram atingidas pela lava” em Buhene, sem detalhar o tipo e número de destruições que houve.
Este domingo, realizar-se-á, segundo Ndima, “uma grande reunião de crise, alargada à Monusco, às ONG internacionais e nacionais, ao comité provincial de segurança e à Marinha” para que a situação seja avaliada.
Em 2002, quando o Monte Nyiragongo entrou em erupção, morreram 250 pessoas e 120 mil ficaram desalojadas. Um boletim de 10 de maio do Observatório do Vulcão de Goma registou um um aumento da atividade vulcânica na região.
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